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02 agosto 2013

E o LOUVOR 750.º vai para ... um MILITAR!





Foi hoje publicado no Diário da República, 2.ª série - N.º 148 - 2 de agosto de 2013, o Louvor n.º 750/2013.

O "Louvado" foi o Capitão-de-mar-e-guerra, NII 23482, Luís Pedro Correia Policarpo, "pela forma altamente honrosa e brilhante como desempenhou, no Gabinete do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (GABCEMGFA), as funções de Adjunto Militar do CEMGFA, nos últimos dois anos e meio, confirmando as superiores qualidades profissionais e pessoais que lhe são sobejamente reconhecidas".[...].

As qualidades deste [oficial muito distinto], são exaustivamente assinaladas, no despacho de 8 de julho de 2013, pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Luís Evangelista Esteves de Araújo, general, que assegura ser "de toda a justiça reconhecer publicamente as excepcionais qualidades e virtudes militares e pessoais que creditam o Capitão-de-mar-e-guerra Correia Policarpo como sendo um Oficial de elevadíssima craveira, que pautou sempre a sua atuação pela afirmação constante de elevados dotes de caráter, devendo, por isso, os serviços por si prestados, serem considerados, extraordinários, relevantes e distintos, de que resultou honra e lustre para o Estado-Maior-General das Forças Armadas e para Portugal".

Um LOUVOR bem merecido!

Ficámos todos convencidos!

PARABÉNS ao Capitão-de-mar-e-guerra, NII 23482, Luís Pedro Correia Policarpo e às Forças Armadas portuguesas, que passam a ter nas suas fileiras mais um laureado.

É todavia oportuno dizer mais alguma coisa sobre a Instituição castrense, em tempos de PAZ.

É que alguns representantes desta Instituição, de associações mais ou menos sindicais, continuam a manifestar-se contra a forma como o poder político trata os militares.

Fazem comparações com outros corpos profissionais da administração pública, e clamam contra a discriminação de que - dizem - são alvo.

Está claro que "andam" descontentes!

Quando havia "guerra" eram mais bem tratados.

Mas já não estamos em guerra, e há até quem opine que não se justifica a existência de Forças Armadas, com o Estatuto que possuem!

Agora, existem forças militarizadas bem preparadas e armadas para acautelar a segurança dos cidadãos e das Instituições!

Depois, Portugal integra organizações internacionais (v. g. a NATO) que seriam (serão) eficazes para a defesa da independência (política e territorial) de Portugal, não se crendo que as nossas Forças Armadas o fizessem melhor em caso de "ataque".

É certo que existem [?] "outras dependências", mas contra estas nada podem as nossas Forças Armadas... Já não estamos nas circunstâncias que determinaram o 25 de Abril ...

De todo o modo, os nossos militares não podem "fugir" à "crise", se é que necessitam de o fazer.

Na verdade, basta ler diariamente o Diário da República (DR), 2.ªsérie, e o Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), para concluir que, se discriminação existe, é POSITIVA.

Quase que não há dia em que o DR não divulga a progressão dos militares. São nomeações, condecorações, promoções por "diuturnidade", "antiguidade", "escolha", "distinção" e a "título excepcional".

E a estas progressões correspondem aumentos de remuneração, o que não se verifica relativamente à quase generalidade dos servidores do Estado, e mesmo dos juízes desembargadores, que não são funcionários públicos e têm a sua progressão "congelada".

São "graduações" em "postos" superiores.

São "milhentas" passagens à reserva, o que - como reza o EMFAR - pode ter lugar com 36 anos de serviço ou 55 anos de idade, com a manutenção do subsídio da condição militar e de outros subsídios.

O recebimento destes subsídios, desde que efectuados os devidos descontos para a Caixa Geral de Aposentações, conta para o cálculo das pensões de reforma, que não demora a chegar como prevê o EMFAR, que inclui o direito a bonificações de 15% do tempo de serviço (cf. os artigos 49.º, 152.º e 159.º do EMFAR.

Os militares mantém "messes" de luxo, como a de Monsanto e ... surpresa das surpresas, até tinham um Fundo de Pensões.

E os Serviços Sociais? Ainda se mantém?

Em conclusão, ousamos sugerir que sejam reservados, acatando, aliás, o seu DEVER ESTATUTÁRIO e PROFISSIONAL!


(imagem de "www.bahiaeconomica.com.br")