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31 dezembro 2014

UM 2015 MELHOR!




A todos os nossos visitantes desejamos um 2015 melhor!


(imagem de pinterest.com)

24 dezembro 2014

NATAL!


Era bom que todos tivessem NATAL!


(imagem: fotografia do nosso presépio)

12 setembro 2014

CAPAS vs. LIVROS (7)





Hoje, não resistimos a apresentar as capas das edições que temos nas nossas estantes do romance "OS MAIAS" de EÇA de QUEIRÓS, um dos nossos maiores escritores.

Esta nossa iniciativa coincide com a estreia do filme com o mesmo nome, com argumento e realização de JOÃO BOTELHO, o que constitui a primeira adaptação cinematográfica da obra que reflecte a sociedade portuguesa do século XIX.

OS MAIAS são uma "obra de monumental envergadura que nos desvenda como nenhuma outra as ideias do autor, os seus sentimentos e a revolta do autor contra a tolice, o ridículo e a fatuidade humana" (citação extraída da contra-capa da edição da Europa-América).

Provavelmente a história que nos é contada é, em muitos aspectos, actual: "Uma alegre mascarada da sociedade lisboeta do século XIX, com um certo sabor a "vaudeville" (voltamos a citar a contra-capa da edição da Europa-América).

A primeira capa que reproduzimos pertence à edição do livro de bolso nº 299 da Europa-América e é da autoria dos estúdios P.E.A.

A segunda capa é da edição "Livros do Brasil" Lisboa, e foi desenhada pelo ilustre pintor Lima de Freitas.

Pela nossa parte, esperamos ter contribuído para divulgar a obra e despertar interesse pelo visionamento do filme.

21 julho 2014

DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA!


No dia 20 de Junho de 2014, a Assembleia da República resolveu instituir o dia 5 de Maio como o DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA, resolução que foi publicada no passado dia 18 de Julho de 2014 no Diário da República, 1.ª série, nº 137.

Esta Resolução refere-se à anterior Resolução da Assembleia da República aprovada por unanimidade em 26 de Junho de 1981, e já estabelecido pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura.

Este acto legislativo tem forçosamente de ser assinalado no actual contexto da subsistência das divergências relativamente à integral aplicação do novo acordo ortográfico (NOA), e quando se “aproxima” a realização da [X Conferência de Chefes de

Estado e de Governo (CCEG) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que

vai decorrer no próximo dia 23 de julho, em Díli, Timor-Leste, sob o tema “A CPLP e a

Globalização”.

Organizada pela República Democrática de Timor-Leste, esta é a primeira cimeira da CPLP

que se realiza no continente asiático].

Será nesta cimeira da CPLP que a GUINÉ EQUATORIAL passará a ser o nono país a integrar esta família (CPLP), representada pelo seu Presidente desde 1979, TEODORO OBIANG.

Este país, de língua espanhola, será admitido por ter aceite a língua portuguesa como língua equiparada ao espanhol e ao francês, e ter estabelecido uma moratória relativamente à pena de morte.

Este acontecimento não deixa de ser controverso e conta já com a oposição de diversas personalidades brasileiras e portuguesas, como Chico Buarque, Ivan Lins, Manuel Alegre, Ana Gomes, Francisco Sarsfield Cabral, Manuel Carvalho da Silva ou Marina Costa Lobo.

[Para muitos, a entrada da Guiné Equatorial na CPLP traduz uma contradição à LÍNGUA PORTUGUESA, como vector identitário principal, passando a avultar a importância dos hidrocarbonetos].


(imagem de "escolairmaoguerini.blogspot.com"

01 julho 2014

HONRAS DE PANTEÃO NACIONAL A SOPFIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN!



É já amanhã que se concretizará a Resolução da Assembleia da República n. º

17/2014, aprovada em 20 de Fevereiro de 2014, que decidiu “conceder honras de

Panteão Nacional aos restos mortais Sophia de Mello Breyner Andresen,

homenageando a escritora universal, a mulher digna, a cidadã corajosa, a

portuguesa insigne, e evocando o seu exemplo de fidelidade aos valores da

liberdade e da justiça que nos devem inspirar como comunidade e projectar como

País”.


Evocando esta poetisa ilustre, escolhemos o poema

Breve encontro

Este é o amor das palavras demoradas
Moradas habitadas
Nelas mora
Em memória e demora
O nosso encontro com a vida



(imagem: retrato de SOPFIA ANDRESEN, por Arped Szenes, 1958)


20 junho 2014

O VERÃO!



O Verão inicia-se amanhã pelas 11h51m.

Esse será o instante em que, no Hemisfério Norte, ocorre o Solstício de Verão: o Sol atingirá a altura máxima relativamente ao equador.

Esta estação do ano perdurará por 93,65 dias até ao Equinócio do Outono, que acontecerá no próximo dia 23 de Setembro às 03h29m.

O Verão é a estação do ano em que à média da temperatura é mais elevada.

É o tempo das férias e da praia.

No início do Verão o dia tem uma duração maior que a noite, começando então a reduzir-se até ao início do Outono.

É a estação do ano que mais proporciona o encontro de familiares e amigos, e longos serões à volta da mesa, bem como passeios nocturnos.

Depois de um Inverno e de uma Primavera particularmente exigentes e “feios”, todos aspiramos agora que o Verão nos traga bom tempo, sol e calor.

Muitas instituições e entidades prepararam actividades e festividades para assinalar o início do Verão.

A título meramente exemplificativo, referimos a Fundação Calouste Gulbenkian que a todos convida para o seu jardim, para se dedicarem ao desenho, ouvirem contar histórias e participarem noutras actividades.


(ilustração: capa de Henrique Ruivo, para a 5ª edição do livro "OS PUTOS", de Altino do Tojal; edição da Seara Nova, 1975)

04 junho 2014

NÃO VOTARAM, MAS É COMO SE VOTASSEM!



MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS
E DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA
Gabinetes da Ministra de Estado e das Finanças
e do Ministro da Administração Interna
Despacho n.º 7282/2014
Tendo o Decreto do Presidente da República n.º 24/2014, de 21 de
março fixado o dia 25 de maio de 2014 como data da eleição para o
Parlamento Europeu, torna-se necessário, de acordo com o disposto
no artigo 19. ° do Decreto-Lei n.º 215/87, de 29 de maio, proceder à
determinação do montante das verbas a transferir para os municípios
prevista no Decreto-Lei n.º 410-B/79, de 27 de setembro.
Para a Eleição dos Deputados para o Parlamento Europeu os valores
dos coeficientes referidos no artigo 1.º do Decreto-Lei n.° 410-B/79, de
27 de setembro, são os seguintes:
x = 215,39 € (verba por concelho);
y = 0,02 € (verba por eleitor inscrito);
z = 42,43 € (verba por freguesia).
23 de maio de 2014. — A Ministra de Estado e das Finanças, Maria
Luís Casanova Morgado Dias de Albuquerque. — O Ministro da Administração
Interna, Miguel Bento Martins Costa Macedo e Silva.


Os actos eleitorais custam dinheiro.

E quem lucra?

Os municípios.

E quem paga?

O erário público, que é o mesmo que dizer, os portugueses que pagam impostos, e – que fique bem claro: pagam mesmo aqueles que não votaram.

Na verdade, foi hoje publicado no Diário da República, II.ª Série, o despacho nº 7282/2014, de 23 de Maio, da Ministra do Estado e das Finanças e do Ministro da Administração Interna, que estabelece os seguintes valores a transferir para os municípios:

X = 215,39 € (verba por concelho);
Y = 0,02 € (verba por eleitor inscrito);
Z = 42,43 € (verba por freguesia).

Todos aqueles eleitores inscritos (e foram mais de 6.000.000) que “ficaram em casa ou foram para a praia”, nem por isso deixam de ser considerados no cálculo das verbas a pagar aos municípios.

Para a próxima vá votar! “Tenha a fama e o proveito”.

Assim, se vai sabendo para onde vão os nossos impostos!



01 junho 2014

DIA DA CRIANÇA!




V I V A M
A S
C R I A N Ç A S!




SEM CRIANÇAS A HUMANIDADE NÃO TEM FUTURO!



V I V A M
A S
C R I A N Ç A S!






(imagem de raquelmell.blogspot.com)

29 maio 2014

DIA DA ESPIGA!



Hoje é o DIA DA ESPIGA!

De manhã, ao percorrermos Lisboa, em muitas esquinas deparámos com a exposição das flores que iriam constituir os “ramalhetes” que seriam vendidos a quem o pretendesse.

Em Campo de Ourique, por onde passámos, a oferta era grande, e a aquisição também se verificava …

O DIA DA ESPIGA coincide com a Quinta-Feira da Ascensão, e segue assim o calendário litúrgico cristão.

Neste dia, era tradição a deslocação ao campo para apanhar a espiga.

A data era festiva e destinava-se a saudar a Primavera e a natureza nos países do mediterrâneo.

Era feriado municipal em muitos concelhos, situação que ainda se mantém nalguns.

As espigas eram penduradas na parede da cozinha ou da sala, e guardadas durante um ano, traduzindo a esperança da abundância, da alegria, da saúde e da sorte.

Conforme a região, as espigas integravam um ramo de várias plantas, cada uma delas com um significado diverso.
Em geral, o ramo é composto por pés de trigo e de outros cereais, oliveira, videira, papoilas, malmequeres e outras flores campestres.

Cada planta constitui um símbolo próprio: o trigo simboliza o pão; o malmequer o ouro e a prata; a papoila o amor e a vida; a oliveira o azeite e a paz; a videira o vinho e a alegria; o alecrim a saúde e a força.

A importância dada a este DIA e à sua simbologia tem vindo a esbater-se, crendo-se que passem despercebidos aos “mais novos”.

Fica aqui assim esta sumária sinalização!



(foto nossa, tomada hoje de manhã, em Campo de Ourique)


22 maio 2014

Ópera WRITTEN ON SKIN! (correcção)



Impõe-se-nos rectificar o nosso anterior "post".

É que, contra o que aí referimos, a mulher (Agnès) do homem rico (Protector) ingeriu o coração do trovador, que lhe foi servido como refeição, após o que disse, como assinala o compositor George Benjamin na entrevista que hoje concedeu ao jornal PÚBLICO: "Esta é a melhor coisa que comi, nada poderá tirar este sabor da minha boca".

Notamos que esta desgraçada acção corresponde precisamente ao nome da história medieval que veio a inspirar o libreto da ópera:

- Le Coeur Mangê (O Coração comido).

Trata-se assim de um novo "quadro trágico", que não deixará de impressionar ainda mais os espectadores mais sensíveis.



20 maio 2014

Ópera WRITTEN ON SKIN!



Written on Skin é uma ópera em três actos de George William John Benjamin, compositor britânico de música clássica, que é também maestro, pianista e professor.

Esta ópera vai ser apresentada nos próximos dias 22 e 23 no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian pela Orquestra Gulbenkian sob a direcção do próprio compositor George Benjamin.

O respectivo libreto é de Martin Crimp, e foi inicialmente encenado no Festival de Aix-en-Provence em Julho de 2012.

O que se vai poder assistir é a versão de uma lenda do trovador Guilherme de Cabestany, que no século XII, na região de Provença, cantou a história de um homem rico (Protector) que contratou um rapaz [para criar um manuscrito ilustrado sobre o seu poder e da sua família].

Todavia o rapaz e a mulher (Agnés) do Protector “tomaram-se de amores", o que levou a que este (o Protector) assassinasse o rapaz e pretendesse que Agnés comesse o seu coração.

Não foi bem sucedido o Protector, já que Agnés preferiu suicidar-se.

É este o nosso resumo da Ópera indicada em epígrafe.

Prevê-se um espectáculo de grande intensidade dramática!


(imagem de operacreep.wordpress)

16 maio 2014

CAPAS vs. LIVROS (6)



Uma singela homenagem ao grande homem da cultura, recente e prematuramente falecido, VASCO GRAÇA MOURA.

Para tanto, apresentamos o seu livro: Os Lusíadas para gente nova, reproduzindo a capa da 1.ª edição (Abril de 2012) da editora Gradiva.

Esta capa é o resultado da concepção gráfica de Armando Lopes e da arte plástica de José de Guimarães, através de Camões (pormenor), gouache sobre papel, 1981 (desenho).

O livro é dedicado pelo poeta, ficcionista, ensaísta, cronista e tradutor de poesia, consagrado e premiado nacional e internacionalmente, aos seus netos Francisca, Mariana, Vasco, Catarina e Joana.


(Reproduzimos a capa do livro com a vénia devida à editora em causa)

04 maio 2014

MÃE HÁ SÓ UMA!


A maior parte das coisas belas da vida
surge aos pares ou aos três,
às dezenas ou às centenas.

Muitas rosas, estrelas, crepúsculos,
arco–íris, tias e primos;

mas, em todo o mundo,

Mãe há só uma.

(Kate Douglas Wiggin – 1856 – 1953)


(ilustração de nerdsinlove.com.br)

30 abril 2014

1.º DE MAIO!


Amanhã é feriado por ser o DIA INTERNACIONAL DO TRABALHADOR!

Em Portugal, depois de ser um dia de perseguição e repressão dos trabalhadores durante o regime anterior ao 25 de Abril, quando estes persistiam em manifestar-se contra as condições de exploração e opressão a que se encontravam sujeitos, passou a ser comemorado livremente.

Depois da enorme manifestação do 1.º de Maio de 1974, os trabalhadores têm vindo, ano após ano, a alhear-se da importância do seu significado, o que – por um lado – revela que as condições dos trabalhadores se alteraram, e – por outro lado – mostram a redução da sua consciência política e ideológica.

A esmagadora maioria dos trabalhadores aproveita agora para o passeio e o lazer.

Considerando as circunstâncias que lhe deram origem, e que em muitos países não se encontram criadas as condições mínimas de dignidade dos que vivem exclusivamente do seu trabalho, o nosso blogue faz questão de continuar a assinalar esta data.

(imagem de etcetal.pegada.net)

28 abril 2014

Ópera ELENA na Gulbenkian!




ELENA é uma ópera (drama per musica) de Francesco Cavalli (1602-1676).

Estreou-se em Veneza, em 1659.

Todavia a sua estreia moderna ocorreu no Verão de 2013, no Festival d’Aix-en-Provence, em colaboração com a Fundação Gulbenkian.

Será apresentada amanhã no renovado Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian pelo grupo Capella Mediterranea, sob a direcção do seu fundador, o maestro argentino Leonardo Garcia Alarcón, e encenação de Jean-Yves Ruf.

Esta ópera encontra-se nomeada para os Opera Awards 2014.

Francesco Cavalli, foi cantor sob a direcção de Cláudio Monteverdi e organista principal na basílica de São Marcos.

O libreto de Elena, completado por Nicolò
Minato após a morte de Giovanni Faustini
em 1651, baseia-se livremente na história de
Helena de Esparta, que por ser dona de uma
beleza extraordinária, suscitou vários amores
e paixões e foi vítima de vários raptos. O caso
com o príncipe troiano Páris é o episódio mais
conhecido, associado à conquista de Troia
pelos gregos…


A ópera termina com a celebração
do amor e da reunião de dois casais: Helena
com Menelau e Teseu com Hipólita
”.

[Leonardo Garcia Alarcón é maestro residente do Centre Culturel de
Rencontre d’Ambronay e diretor artístico
e maestro principal do Coro de Câmara de
Namur. Também em 2010, decidiu instalar o
ensemble Cappella Mediterranea na região
Ródano-Alpes].

[Cappella Mediterrânea é um agrupamento instrumental e
Vocal. Faz reviver o repertório do sul da Europa através
de três géneros emblemáticos do início
do século XVII: o madrigal, o motete
polifónico e a ópera].


(com a devida vénia, as citações foram extraídas do programa da Fundação Calouste Gulbenkian, assim como a ilustração fotográfica).

24 abril 2014

ASSINALAMOS O 25 DE ABRIL DE 1974!



Passam amanhã 40 anos sobre o 25 de Abril de 1974!

Nessa data, um grupo de militares concretizou um golpe de Estado contra o regime de ditadura e opressão a que a esmagadora maioria dos portugueses se encontrava submetido há 48 anos.

A adesão das massas populares a esse movimento militar foi imediata e entusiástica.

Passados estes 40 anos, o balanço para os portugueses e para Portugal tem de se considerar positivo.

O país desenvolveu-se, modernizou-se, mas PORTUGAL continua a ser POBRE, como POBRE era antes do 25 de Abril!

“Ganhou-se” a DEMOCRACIA e a LIBERDADE!

Mas, mercê de uma governação que permitiu gastos desnecessários; privilégios injustificados; enriquecimentos ilícitos; a manutenção da pobreza de demasiados portugueses; desigualdades sem critério; um elevadíssimo desemprego, “custa” sinalizar aquele extraordinário acontecimento da nossa história recente!

Só o fazemos porquanto vivemos a “noite negra da ditadura e da opressão”, que nunca esqueceremos!

Mas, a verdadeira DEMOCRACIA e LIBERDADE exige que todos os portugueses disponham de uma vida digna, o que – manifestamente – não se verifica no “PORTUGAL de hoje”!

Transcorridos 40 anos, ainda VALERÁ A PENA TER ESPERANÇA?


(imagem: cópia da capa da revista PORTUGAL o INFORMAÇÃO, edição especial relativa ao 25 de Abril – Abril / Maio 77)



20 abril 2014

PÁSCOA FELIZ!



O tudoemaisalgumacoisa deseja a todos os seus visitantes e leitores um dia de Páscoa muito feliz!

02 abril 2014

CAPAS vs. LIVROS (5)


Hoje, Dia Internacional do Livro Infantil, reiniciamos a publicação de capas de livros.

No dia de hoje, pensamos que é apropriado apresentar a capa de um livro infantil.

Trata-se de um livro da falecida escritora MATILDE ROSA ARAÚJO, composto por catorze quadras, que nos contam a história de "um ratinho e de uma ratinha, presos nos laços de amor"... e que começa assim:

Era um rato e uma ratinha
Que se queriam casar,
Mas não tinham uma casa
Para onde fossem morar.


E termina com esta quadra:

E lá deram o copo-de-água
No caneiro da cidade:
Dizem que foram felizes
Mas não sei se é verdade.



A escritora foi professora e autora de muitos contos e poesia para adultos e crianças e teve uma intervenção muito importante na defesa dos direitos das crianças.

Recebeu o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores; o Grande Prémio de Literatura para Criança da Fundação Calouste Gulbenkian; o Prémio para o Melhor Livro Estrangeiro da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil; o prémio Gulbenkian para o melhor livro para a infância publicado no biénio 1994-1995.

Em 2003, foi condecorada, a 8 de Março, Dia da Mulher, pelo Presidente Jorge Sampaio.

"Em Novembro de 2003 a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) decidiu, por unanimidade, agraciá-la com o Prémio Carreira (entregue em Maio de 2004), pela sua "obra de particular relevância no domínio da literatura infanto-juvenil".

O livrinho, de que exibimos a capa, encontra-se ilustrado por Catarina Câmara Pereira.


(imagem: cópia da capa do livro "PROBLEMAS", da autoria de Matilde Rosa Araújo, com ilustrações de Catarina Câmara Pereira, edição de 1993 da Vega)

31 março 2014

QUARTETT e LA FURA DELS BAUS!


QUARTETT de Luca Francesconi, ópera baseada no romance Ligações Perigosas, de Choderlos de Lados, pela Orquestra Gulbenkian e com encenação de Àlex Ollé do afamado grupo La Fura dels Baus, para ver e ouvir nos dias 1 e 2 de Abril, no grande auditório da FCG.

Trata-se de uma Produção do Teatro Alla Scala, estreada no La Scala de Milão em 2011 pelo referido grupo catalão La Fura dels Baus.


Luca Francesconi é um compositor nascido em 1956 em Milão.

La Fura dels Baus foi fundado em 1979 e produziu a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992.

Àlex Ollé é um dos directores artísticos deste grupo.

A ópera resume as ligações “perigosas” entre a Marquesa de Merteuil e o Visconde de Valmont durante o século XVIII.

Todos estes “ingredientes” se conjugam para que a ópera QUARTETT se venha a revelar um imperdível espectáculo.

(imagem de: agendalx.pt)

30 março 2014

SERÁ MESMO VERDADE?


Será mesmo verdade que a presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, propõe uma nova forma de tributar os portugueses: taxar os levantamentos que são feitos nas contas bancárias onde são depositados os salários e as pensões?

Seria um incentivo à poupança, teria dito …

Como seriam tributados aqueles que não dispõem de contas bancárias? Isso não terá sido esclarecido?

Há muitos escandalizados?

Mas na democracia a opinião é livre!

Mesmo a mais inesperada e … a “originalidade” não paga imposto!…



(imagem de: noticias.pt.msn.com)

28 março 2014

A PAISAGEM NÓRDICA DO MUSEU DO PRADO!



O Museu Nacional de Arte Antiga prolongou o período de exibição das 57 pinturas de RUBENS, BRUEGHEL e LORRAIN até 6 de Abril.

Assim ainda está a tempo de se maravilhar com a exposição artística dos maiores mestres da paisagem do século XVII.

Não perca esta oportunidade “histórica” de visionar uma parte importante da existência artística do afamado museu do Prado, de Madrid.



(imagem: cópia da “face” do catálogo/desdobrável da exposição)

25 março 2014

AS ILHAS DESERTAS e AS FOCAS-MONGE



O Conselho da Europa acolheu a candidatura do Parque Natural da Madeira, formulado em Novembro de 2011, e atribuiu às Ilhas Desertas o Diploma Europeu para as Áreas Protegidas.

As Ilhas Desertas, que se localizam a 22 milhas náuticas do Funchal, têm obtido o sucessivo reconhecimento das autoridades nacionais e da Europa como sítio natural a proteger.

Em 1990 foram classificadas como Área de Protecção Especial; desde 1995 que têm o estatuto de Reserva Natural; antes, em 1992, já o Conselho da Europa as havia classificado como Reserva Biogenética; em 2000 foram integradas na Rede Natura.

A protecção de que as Ilhas têm beneficiado permitiu uma constante valorização da biodiversidade, tornando-as relevante centro de nidificação da ave marinha freira–do-bugio, e um aumento da população da foca-monge, que é considerada a mais rara do mundo, com a existência considerada em perigo.
Ali existirão cerca de 30 animais, numa população mundial que se estima em cerca de 500 exemplares.

A protecção deste PARQUE NATURAL transcende as questões da soberania territorial, impondo-se todavia reconhecer a acção das autoridades da Madeira para a classificação agora obtida.


(imagem de “universomarino.com”)

21 março 2014

DIA MUNDIAL DA POESIA!



Comemora-se hoje o dia mundial da poesia.
Este dia foi criado na XXX Conferência Geral da UNESCO (organismo da ONU para a protecção dos valores culturais) a 16 de Novembro de 1999.

Para a UNESCO a poesia evidencia-se:
"Como uma expressão profunda da mente humana e como uma arte universal, a poesia é uma ferramenta para o diálogo e a aproximação. A divulgação da poesia ajuda a promover o diálogo entre as culturas e compreensão entre os povos, porque dá acesso à expressão autêntica de uma língua. "
Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO Mensagem para o Dia Mundial da Poesia

A poesia e os poetas portugueses são mundialmente conhecidos e reconhecido o seu valor, justificando que, a título meramente indicativo, se mencione a obra de Luís de Camões, Fernando Pessoa, António Nobre, Florbela Espanca, José Régio, Natália Correia, Eugénio de Andrade, Cesário Verde, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner Andersen.

As iniciativas destinadas a assinalar o DIA MUNDIAL DA POESIA são muitas e variadas, nomeadamente com a leitura pública de poesia, organização de feiras do livro de poesia, exposição de livros de poesia, concursos…

Muitas instituições e entidades organizaram actividades relativas a este dia, como p. ex. o CCB, o INATEL, museus, escolas, clubes de leitura e muitas Câmaras Municipais.

Para nos associarmos a esta comemoração, decidimos transcrever “O MENINO DA SUA MÃE” de Fernando Pessoa, publicado na Revista Contemporânea, III série, n.º 1, 1926:

No plano abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas trespassado
- Duas, de lado a lado -,
Jaz morto, e arrefece.

Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.

Tão jovem! que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
“O menino da sua mãe”.

Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço… Deu-lhe a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, em casa, há a prece;
“Que volte cedo, e bem!”
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.


(imagem: foto de Fernando Pessoa, in mysoulcoffee.wordpress.com)

20 março 2014

CHEGOU [A PRIMAVERA, que é o tempo a crescer!]




Finalmente é hoje, às 16:57 horas que se inicia a PRIMAVERA.

Neste primeiro dia de Primavera, o dia tem uma duração igual à da noite.

Depois de um rigoroso inverno, com muita chuva, vento, frio e temporais, chega agora a (época) estação do ano em que os dias vão crescer até ao Verão, que virá a 20 de Junho.

Os campos vão florir!

O tempo vai aquecer!

Vamos passear ao ar livre!

Vamos deixar os sobretudos, os agasalhos, as gabardines e os chapéus-de-chuva!

Vamos ficar mais alegres e contentes!

A PRIMAVERA É LINDA!

Do livrinho de que acima apresentamos a capa, extraímos a seguinte verdadeira afirmação:

“ A Primavera
é uma árvore
com flores a nascer”



(imagem: capa do pequeno livro da Colecção Ler e Reler, da Sá da Costa Infantil, de que é autora Maria Isabel César Anjo, com uma ilustração de Maria Keil)

08 março 2014

DIA INTERNACIONAL DA MULHER!




Hoje, dia internacional da mulher, SAUDAMOS AS MULHERES, e consideramos oportuno destacar a poetisa SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, a quem a Assembleia da República resolveu conceder Honras de Panteão Nacional, nos termos que, de seguida, transcrevemos:


Resolução da Assembleia da República n.º 17/2014

Honras de Panteão Nacional
a Sophia de Mello Breyner Andresen

Assinalando os dez anos da morte de Sophia de Mello
Breyner Andresen e celebrando os quarenta anos do 25 de
abril, a Assembleia da República resolve, nos termos do
n.º 5 do artigo 166.º da Constituição e do n.º 1 do artigo 3.º
da Lei n.º 28/2000, de 29 de novembro:
1 — Conceder honras de Panteão Nacional aos restos
mortais de Sophia de Mello Breyner Andresen, homenageando
a escritora universal, a mulher digna, a cidadã
corajosa, a portuguesa insigne, e evocando o seu exemplo
de fidelidade aos valores da liberdade e da justiça que nos
devem inspirar como comunidade e projetar como País.
2 — Constituir um grupo de trabalho, composto por
representantes de cada grupo parlamentar com a incumbência
de determinar a data, definir e orientar o programa
da trasladação, em articulação com as demais entidades
públicas envolvidas.
Aprovada em 20 de fevereiro de 2014.
A Presidente da Assembleia da República, Maria da
Assunção A. Esteves
.


(Imagem: retrato de SOPHIA ANDRESEN, por Arpad Szenes, 1958)

19 fevereiro 2014

Estação Fluvial Sul e Sueste: DEGRADADA e PROTEGIDA!






Em 12 de Fevereiro de 2014 foi publicada no Diário da República, 2.ª série, a Portaria nº 109/2014, onde consta a decisão do governo de fixar uma zona especial de protecção (ZEP) da Estação Fluvial Sul e Sueste, sita na Avenida Infante D. Henrique, em Lisboa, quase defronte do Terreiro do Paço.

Esta classificação poderia não justificar considerações complementares às que determinaram a sua fixação e que, sumariamente, constam do acto legislativo.

Acontece todavia que a existência desta Estação e a situação em que se encontra impõe uma referência à sua especial natureza, e à circunstância de ter sido classificada como monumento de interesse público (MIP) em Novembro de 2012 (cf. Portaria nº 640/2012, de 2 de Novembro), numa altura em que se encontrava encerrada e o edifício em estado de abandono e degradação.

Relativamente à sua natureza, é imperativo referir que, muito embora tenha sido construída para regulamentar o trânsito dos passageiros entre Lisboa e o Barreiro por via marítima através do rio Tejo, a sua essencial finalidade era permitir o acesso aos comboios da “CP – Caminhos de Ferro Portugueses” que, no Barreiro, iniciavam o seu percurso para o Sul, com paragens no Alentejo e no Algarve, onde também tinham o seu termo final.

Na verdade, todos quantos pretendessem deslocar-se da margem Norte do Tejo para além do Barreiro, em direcção ao Sul, por via ferroviária, e não dispondo de veículo rodoviário, teriam de transpor o Tejo por via fluvial, com ponto de partida na referida Estação Fluvial Sul e Sueste, enquanto esta esteve activa e, precisamente, sob a disponibilidade (inexplicável, dirão muitos) da “CP” (companhia ferroviária e não fluvial).

Para quem agora se desloca para o Alentejo e Algarve de comboio através da linha ferroviária instalada no tabuleiro inferior da ponte 25 de Abril, e nunca teve de fazer àquela travessia fluvial, ficará surpreendido, e poderá pensar que sempre estas duas travessias constituíram uma verdadeira alternativa.

Mas não foi sempre assim!

Esta última travessia é muito recente: só em 29 de Julho de 1999 foi inaugurada a travessia ferroviária pela Ponte 25 de Abril e se iniciou a ligação entre as Estações de Entrecampos e do Fogueteiro; em 10 de Junho de 2004 foi efectuada a ligação a Setúbal; posteriormente, a partir de Setúbal, esta mesma ferrovia foi avançando para o Alentejo e Algarve.

A importante relevância desta estação fica assim demonstrada, mas é alheia à atenção que o governo lhe dispensou mediante a referida classificação como monumento de interesse público (MIT), e à zona envolvente como zona especial de protecção (ZEP).

Não se questionam estas classificações, de todo justificadas.
O que choca é o enorme atraso destas deliberações, em particular a do Monumento de Interesse Público.

Com efeito, o imóvel onde se encontrava instalada a Estação Fluvial Sul e Sueste é uma criação de 1931 do importante arquitecto Conttinelli Telmo (1897-1948), que pertenceu à primeira geração da arquitectura modernista portuguesa, que se caracterizou pela construção funcional e pela “simplicidade das formas”.

Construída em 1932, a Estação Fluvial Sul e Sueste distingue-se, como se reconhece no diploma legal da classificação da ZEP, pela “sua linguagem geometrizante e depurada, combinada com um pragmático sentido de monumentalidade e com a exploração das potencialidades construtivas do betão armado, permite um reconhecimento imediato do seu carácter utilitário e revela a visão progressista do autor em relação ao espaço emblemático do Terreiro do Paço”.

Este edifício constitui um “exemplar pioneiro da arquitectura modernista” e possui um real interesse cultural e histórico.
O seu átrio encontrava-se decorado com painéis de azulejos com os brasões de várias cidades alentejanas e algarvias e mostra influências da art-déco.

Em resultado das vicissitudes relativas à construção do prolongamento da linha azul do Metro em direcção a Santa Apolónia, a Estação sofreu graves danos que determinaram o seu encerramento em 2001.

O edifício, em aparente estado de abandono e já sem os painéis de azulejo (que se encontrarão sob custódia do METRO), continua a aguardar a sua recuperação.

É já nesta situação que é classificado como Monumento de Interesse Público (MIT), e é deliberada a classificação da zona envolvente como Zona de Especial Protecção (ZEP).

Uma nova oportunidade para recordar o velho ditado: “MAIS VALE TARDE DO QUE NUNCA” e se gerar a expectativa de que estas recentes classificações possam conduzir ao efectivo restauro da Estação, agora, finalmente reconhecida como Monumento.


(imagens de: igespar; commons.wilkpédia.org)


30 janeiro 2014

CAPAS vs. LIVROS (4)



A CAPA que hoje apresento é a do livrinho que, na minha infância, ocupou o lugar de maior destaque no meu imaginário das histórias que me foram contadas na minha casa materna.

Adorava ouvir contar a história da "MARIA TONTA" e, por tanto me ter sido contada, quase a decorei.

Era a história de uma "garotinha" que vivia na província e que "não descansou" enquanto não foi viver, em Lisboa, com uma prima.

A viagem da "MARIA TONTA" para Lisboa foi rodeada de divertidas peripécias, designadamente da utilização inadvertida do sinal de alarme do comboio que a transportava, quando uma "tontura" a forçou a agarrar-se a algo, para se equilibrar.

Em Lisboa, não havia dia em que a "MARIA TONTA" não fizesse um "grosso disparate".

As asneiras eram tantas que a "MARIA TONTA", que não entendia ninguém, nem ninguém a entendia, decidiu abandonar Lisboa e voltar para a "terra".

Eu achava muita graça ao comportamento da "MARIA TONTA" e nunca me cansava de ouvir contar a sua história.

O livrinho todavia desapareceu, e durante mais de cinquenta (50)anos, nunca desisti de recuperar um seu exemplar, esforços que foram recompensados recentemente, tendo adquirido em "segunda mão" uma edição de 1975.

A história é da autoria de Salomé de Almeida; a edição é da Livraria Civilização e integra a Colecção Carochinha.

Procuraremos voltar a esta história, que preencheu o imaginário infantil do subscritor.

18 janeiro 2014

DIÁRIO DA REPÚBLICA NECROLÓGICO!


Periodicamente a 2ª Série do Diário da República publicita a morte dos funcionários públicos para AVISAR que, por esse facto, cessam as funções dos falecidos.

Mas, poderia a MORTE ter outra consequência relativamente ao vínculo laboral?

É óbvio que não.

Com a morte do funcionário, “morre” também o emprego público.

Para quê proceder a esta publicitação pública?

É o legislador, mais concretamente a alínea d) do nº 1, do artigo 37º da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece os regimes dos trabalhadores que exercem funções públicas, que o impõe.

Assim, confronta-se o leitor do jornal oficial com uma periódica publicitação necrológica, o que nos parece constituir mais uma irracionalidade do nosso legislador.

Não haveria melhor “sede” para dar conta destes infaustos acontecimentos?

Ainda se fosse para proceder a um elogio fúnebre!

Desta vez, coube à Directora-Geral da Biblioteca Nacional de Portugal, no Diário da República, 2ª Série, de 16 de Janeiro, tornar pública a morte de um dos seus técnicos superiores, no dia 16 de Dezembro de 2013.

A nós, só nos resta acrescentar, sem sabermos se o defunto professava alguma religião: “PAZ À SUA ALMA”!

(imagem de: online.jornaldamadeira.pt)