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31 dezembro 2016

PROMISSOR ANO DE 2017!

O Tudoemaisalgumacoisaleonor manifesta a todos os seus visitantes um promissor ano de 2017!






(Imagem: foto da nossa árvore de Natal)

30 dezembro 2016

23 dezembro 2016

FELIZ NATAL!

O TUDOEMAISALGUMACOISALEONOR deseja a todos os seus visitantes um FELIZ NATAL e uma consoada muito bem confraternizada.



(Imagem: fotografia do nosso presépio)


20 dezembro 2016

16 dezembro 2016

LA BAYADÈRE!




Amanhã, no Teatro Camões, a COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO (CNB), que comemora o seu 40.º aniversário, e a ORQUESTRA DE CÂMARA PORTUGUESA (OCP) interpretam LA BAYADÈRE (A BALADEIRA DO TEMPLO), obra clássica.

O libreto é de Sergei Khudekov e a direção musical caberá a Pedro Carneiro.

Este bailado, apresentado em versão integral, constitui uma estreia absoluta em Portugal, e foi estreado em S. Peterburgo, no século XIX.

O bailado traduz o relacionamento amoroso "de um rajá, um guerreiro, uma princesa, um faquir, um alto sacerdote hindu e uma bailadeira do templo".

A ação decorre na Índia e nos Himalaias.



Imagem de 'mundobailaristico.com.br'

15 dezembro 2016

FADO BARROCO - UM MEMORÁVEL SERÃO MUSICAL NA GULBENKIAN!





O espectáculo de ontem à noite no grande auditório da Gulbenkian foi ESPECTACULAR, e todos quantos a ele assistiram e ouviram ficaram completamente SENSIBILIZADOS e EXTASIADOS.

Intitulado FADO BARROCO, teve a excepcional prestação da soprano ANA QUINTANS, do fadista RICARDO RIBEIRO, da Guitarra Portuguesa, tocada por MIGUEL AMARAL, da VIOLA DE FADO, tocada por MARCO OLIVEIRA, da orquestra OS MÚSICOS DO TEJO, sob a direcção de MARCOS MAGALHÃES e MARTA ARAÚJO.

Interpretaram música portuguesa do Séc. XIII até à actualidade, e ... ... que interpretação e direcção!!!!

Perfeita conjunção e harmonia da voz soprano com a voz fadista, AFIRMARAM "A Guitarra Portuguesa, símbolo da música portuguesa" (1.º CAPÍTULO); "Portugal Medieval, raízes árabes e galaicas" (2.º CAPÍTULO); "Portugal Barroco" (3.º CAPÍTULO); "Fado puro" (4.º CAPÍTULO); "Lunduns e Modinhas" (5.º CAPÍTULO); "Fado e mais além" (6.º CAPÍTULO).

Todos ouvimos notáveis poemas, de Camões a Pedro Ayres de Magalhães; músicas consagradas, de Carlos Paredes, Rão Kyao a Madredeus.


Aplausos sem fim!

Repetições e continuações!

O público não queria "arredar pé"!

Imagem de Ana Quintans (bam150years.blogspot.com)
Imagem de Ricardo Ribeiro (oblogdamusicaportuguesa.blogspot.com)

01 dezembro 2016

DESCALÇOU O GOVERNO A "BOTA" DA C.G.D.?



No dia 30 de outubro de 2016 o signatário inseriu neste blogue uma mensagem intitulada: COMO DESCALÇARÁ O GOVERNO A "BOTA" DA C.G.D.?

Nessa data, os mass media produziam excitantes manchetes sobre a não apresentação da declaração de rendimentos e do património ao Tribunal Constitucional por parte do novo Presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, ANTÓNIO DOMINGUES, e de outros novos Administradores da mesma entidade bancária.

Na mesma altura, era noticiada a "querela" suscitada por alguns parlamentares relativamente à alegada remuneração anual, superior a € 420.000 euros, alegadamente atribuída a ANTÓNIO DOMINGUES, e era "proposto" que essa remuneração não deveria exceder a remuneração anual do primeiro-ministro, isto é, cerca de € 79.000 euros.

Dizia-se que, quer aquela omissão declarativa, quer aquela retribuição, resultavam de um alegado acordo estabelecido entre o Governo e ANTÓNIO DOMINGUES...

Sobre esse alegado acordo, nem o Governo, nem ANTÓNIO DOMINGUES, se pronunciaram (nem até esta data algo esclareceram)...

Naquela minha mensagem, sem deixar de referir a controvertida questão das DECLARAÇÕES, enfatizei que a questão realmente substantiva era a da RETRIBUIÇÃO (a sua muito sensível redução proposta por muitos parlamentares).

Entendi, então, que, certamente, ANTÓNIO DOMINGUES não aceitaria ser confrontado com essa possibilidade ... e que o episódio em causa bem poderia vir a encerrar-se com a sua demissão..., o que - em última instância - poderia (poderá) tornar inevitável uma cabal e transparente explicitação do Governo sobre os termos do alegado acordo.

No passado dia 23 de novembro de 2016 esta DEMISSÃO ocorreu, e foi aceite pelo Governo.

Há quem alegue que a sua causa terá sido uma aprovação legislativa por todos os partidos, com exceção do PS e da CDU, no sentido daquela declaração ser exigível aos novos Administradores da C.G.D.

Não é o entendimento do signatário, tanto mais que, após a renúncia ao cargo, em 28 de novembro de 2016, ANTÓNIO DOMINGUES procedeu à entrega da declaração no Tribunal Constitucional.

Mantenho assim o entendimento de que a DEMISSÃO se compatibiliza com a questão da, eventual, redução da retribuição e prejudica a sua aplicação ao demitido, mas reforçará a exigência do absoluto conhecimento do alegado acordo e da sua alegada quebra ou não por banda do Governo.

A DEMISSÃO poderá não permitir afirmar QUE O GOVERNO JÁ DESCALÇOU A "BOTA" DA C.G.D.

19 novembro 2016

JUBILEU DA MISERICÓRDIA



O JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA conclui-se amanhã, 20 de novembro de 2016.

Este JUBILEU, anunciado pelo Papa Francisco, em 11 de abril de 2015, iniciou-se em 8 de dezembro de 2015.

Muito embora a conclusão do JUBILEU ocorra amanhã com o encerramento da Porta Santa da Basílica de S. Pedro, no Vaticano, o JUBILEU concluiu-se em 13 de novembro de 2016 nas igrejas particulares de todo o mundo, tal como na igreja Jubilar de Lisboa de S. Roque, onde o Jubileu se iniciou a 13 de dezembro de 2015.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), instituição com 518 anos, associou-se às comemorações do Jubileu.

Entre outras iniciativas importantes, a SCML, em parceria com os CTT, criou o postal, de que apresentamos uma foto, dedicado a uma das 14 Obras da Misericórdia, "Ensinar os simples (ignorantes)".

A Misericórdia de Lisboa, que foi instituída por intervenção da Rainha D. Leonor em 1498, apoia os carenciados de misericórdia, e as suas Obras (7 Corporais e 7 Espirituais) são as seguintes:

- Dar de comer a quem tem fome;
- Dar de beber a quem tem sede;
- Vestir os nús;
- Dar pousada aos peregrinos;
- Assistir aos enfermos;
- Visitar os presos;
- Enterrar os mortos;
- Dar bons conselhos;
- Ensinar os ignorantes;
- Corrigir os que erram;
- Consolar os tristes;
- Perdoar as injúrias;
- Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;
- Rogar a Deus por vivos e defuntos.


(A foto é do postal apresentado em 15 de novembro de 2016 e reproduz uma imagem sobre a misericórdia, que se encontra na sacristia da igreja de S. Roque)

15 novembro 2016

11º ANIVERSÁRIO!



15 novembro 2005

O meu primeiro post
Vou-me iniciar nisto dos blogs e dos posts...
Não sei bem o que vai sair deste blog.
Talvez fotos... encontros a combinar... vamos ver!

Publicada por Leonor à(s) 12:02



FOI DESTA FORMA SINGELA QUE A LEONOR INICIOU ESTE BLOGUE EM 15 DE NOVEMBRO DE 2005.

POR ISSO, O BLOGUE DA LEONOR FAZ HOJE ANOS - É O 11º ANIVERSÁRIO.

ASSIM, JÁ DECORRERAM MUITOS ANOS...

O BALANÇO DESTE ÚLTIMO ANO É RELATIVAMENTE "POBRE"...

SE SE ATENTAR NO BALANÇO EFECTUADO NO POST DE 15 DE NOVEMBRO DE 2015, VERIFICAMOS QUE FORAM PRODUZIDOS MAIS 26 POSTS; ATÉ ESTA DATA SÃO 411; ESTE ÚLTIMO REALIZADO EM 30 DE OUTUBRO DE 2016.

CONSIDERANDO O SEGUNDO (2º) CONTADOR INSTALADO NO BLOGUE, FOI ESTE VISITADO MAIS 579 VEZES DURANTE O ÚLTIMO ANO (14.145-13.566).

SE ATENTARMOS NO PRIMEIRO (1º) CONTADOR, AS VISITAS DURANTE A EXISTÊNCIA DO BLOGUE SÃO CERCA DE 35.000.

DESTA VEZ, SÓ PROMETEMOS QUE O BLOGUE NÃO ENCERRA; VAI PROSSEGUIR...

NESTES 11 ANOS, TANTO A LEONOR, COMO O SUBSCRITOR "ENRIQUECERAM" MUITO...

MAS A VIDA TEM "ALTOS E BAIXOS" QUE SE REFLECTEM NA "RIQUEZA" DO BLOGUE...

PARABÉNS À LEONOR
, QUE HOMENAGEAMOS MEDIANTE EXPOSIÇÃO DE UMA FOTO DA LUA, TOMADA ONTEM, QUANDO SE APRESENTAVA ESPECIALMENTE LUMINOSA, BRILHANTE E GIGANTE, O QUE SÓ VOLTARÁ A ACONTECER EM 25 DE NOVEMBRO DE 2034...


(A foto é nossa)

30 outubro 2016

COMO DESCALÇARÁ O GOVERNO A "BOTA" DA C.G.D.?



Aparentemente o Partido Socialista enfrenta uma crise política com resultado desconhecido, mas que bem poderá gerar um impasse relativamente à Administração da C.G.D.

A situação deriva do montante da remuneração fixada para o novo Presidente da C.G.D., António Domingues, superior a € 400.000 euros, por muitos, e pelo Bloco de Esquerda, considerado um valor muito excessivo, e da circunstância da recusa de António Domingues, escudando-se em razões formais, apresentar ao Tribunal Constitucional a sua declaração de rendimentos.

Alegadamente, o Bloco de Esquerda defende que os salários dos gestores públicos, incluindo os da C.G.D., não devem ser superiores ao salário do primeiro-ministro.

Equacionados os factos desta forma, não surpreenderá que António Domingues se venha a demitir, eximindo-se assim à exigência da declaração de rendimentos, e evitando também ser confrontado com um debate parlamentar que vise um novo limite para a remuneração dos gestores públicos.

COMO DESCALÇARÁ O GOVERNO ESTA(S) "BOTA(S)?

29 setembro 2016

METEOROLOGIA GOVERNAMENTAL...!



O agosto, muito quente, já lá vai há muito...

Para a maioria dos portugueses, foi-se a praia e impuseram-se as obrigações profissionais...

Veio o setembro...

Foi-se o verão e chegou o outono...

O dia encurtou e a noite cresceu...

Reiniciou-se a azáfama escolar...

Falta pouco mais de um dia para outubro se iniciar...

E...todavia...continua o CALOR; o termómetro, dia após dia, revela temperaturas muito elevadas; mesmo superiores a 30º graus.

Felizardos aqueles que, por sua iniciativa ou por imposição patronal, vêm gozando as suas férias em Portugal, e privilegiam as altas temperaturas, o sol, o calor, a praia, as águas quentes...

A situação da METEOROLOGIA é tão inesperada que até o governo não o ignora, e decidiu, de forma PREVIDENTE e CAUTELAR, mediante um despacho do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, formalizado na Portaria nº 257/2016, hoje publicada na 1ª Série do Diário da República, prorrogar até 15 de outubro o período crítico no Âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios para o ano de 2016 por força das circunstâncias meteorológicas excecionais.

É que, formula METEOROGICAMENTE o Governo, para a 1ª quinzena de outubro, são prováveis TEMPERATURAS ELEVADAS; VENTO QUE SE MANTÉM DO QUADRANTE LESTE; UMA BAIXA PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE PRECIPITAÇÃO.

Ficamos todos bem cientes.



21 setembro 2016

DIA INTERNACIONAL DA PAZ!

Hoje celebra-se o DIA INTERNACIONAL DA PAZ, conforme foi declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 30/11/1981.

Esta iniciativa visava incrementar a PAZ e conduzir aos "cessar fogos".

Mais do que nunca faz todo o sentido assinalar esta efeméride quando se sabe que um cessar fogo na Síria, acordado entre os EUA e a RUSSIA, perdurou apenas sete (7) dias.

Pugnemos todos pela renovação deste, e doutros, CESSAR FOGOS, mas efectivos, condição para estabelecer a PAZ em todo o mundo.

25 abril 2016

VIVA O 25 DE ABRIL! VIVA A DEMOCRACIA!



SAUDAMOS O 25 DE ABRIL DE 1974!

SAUDAMOS A REPOSIÇÃO DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE QUE O 25 DE ABRIL TORNOU POSSÍVEL!

22 abril 2016

Ontem na Gulbenkian, verdadeiro “show” da soprano PATRICIA PETIBON, do maestro FRÉDÉRIC CHASLIN e da ORQUESTRA GULBENKIAN! Hoje, também no Grande Auditório Gulbenkian, o HAGEN QUARTET interpretará CHOSTAKOVITCH e SCHUBERT!




Foram “brilhantes” as prestações artísticas da Orquestra Gulbenkian, do maestro francês Frédéric Chaslin, e da Soprano, também de nacionalidade francesa, Patricia Petibon, que interpretaram Música Espanhola Moderna.

A “Plateia” aderiu sem reserva à explicitação das obras de Maurice Ravel (Alborada del gracioso); Henrique Granados (Tonadillas: La maja dolorosa II; Tonadillas: El mirar de la maja); Joaquin Turina (Poema en forma de canciones: Cantares); Manuel de Falla (El amor brujo: Danza ritual del fuego; La vida breve:"!Vivan los que rien!"; La vida breve: Danza española nº 1); Nicolas Bacri (Melodias de la melancolia: A la mar, op. 119 nº 1); Amadeo Vives (Doña Francisquita: Fandango); Gerónimo Giménez (La tempranica:"La tarántula é um bicho mú malo (Zapateado); Frederico Morena Torroba (La marchenera: Petenera); Emmanuel Chabrier (Gwendoline: Abertura); Marie-Joseph Canteloube (Chants d´Auvergne II: La delaissádo; Chants d´Auvergne III: Malurous qu´o uno fenno); Jules Massenet (Thais: Méditation; Manon: "Adieu, notre petite table"; Manon: "Obéissons quand leur voix appelle" (Gavotte); Leonard Bernstein (Candide: Abertura; Candide: "Glitter and be gay").

A Soprano Patricia Petibon, graciosa, delicada e divertida, cantou e encantou o público.

O maestro Frédéric Chaslin, ao dirigir a Orquestra e ao simultaneamente "bater" palmas, "contagiou" e entusiasmou a assistência que, "obediente", as "bateu" também, ritmadas pelo ilustre maestro.


Hoje, apresentar-se-á o HAGEN QUARTET, para interpretar o Quarteto para Cordas nº 15, em mi bemol menor, op. 144, de Dmitri Chostakovitch, e Quarteto para Cordas nº 15, em Sol maior, D. 887, de Franz Schubert.

O HAGEN QUARTET, constituído em 1981 por quatro irmãos austríacos, actuará em Música de Câmara.

Desta vez, um dos violinos estará com RAINER SCHMIDT; o outro violino será tocado por LUKAS HAGEN; a viola caberá a IRIS HAGENJUDA; do violoncelo se encarregará CLEMENS HAGEN.

Assinale-se que, desde 2013, os instrumentos tocados são os famosos PAGANINI, construídos por António STRADIVARI.


(imagem de: theguardian.com)

08 abril 2016

A Orquestra de jovens instrumentistas, GUSTAV MAHLER JUGENDORCHESTER, amanhã no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian.






É já amanhã, pelas 21:00 horas, que a orquestra fundada pelo maestro italiano Cláudio Abbado, em Viena, nos anos de 1986/1987, dirigida pelo jovem maestro alemão David Afkham, vai interpretar:

- Métaboles, do compositor francês Henri Dutilleux (1916-2013);

- Música para cordas, percussão e celesta;

- O Concerto para Violino e Orquestra nº 1, do compositor e pianista húngaro Béla Bartok;

- A Sinfonia nº 5, em Dó menor, op. 67, do consagrado compositor alemão Beethoven.

A orquestra é formada por jovens entre os 16 e os 26 anos, e a integração na mesma é muito disputada, dada a circunstância de ser constituída exclusivamente pelos mais qualificados jovens instrumentistas.

Participará, ainda, no Concerto o violinista alemão Franz Peter Zimmermann (nascido em 1965).





(imagem de: altoadige.gelocal.it)











23 março 2016

A PAIXÃO SEGUNDO SÃO JOÃO na Gulbenkian




Ontem e hoje, a PAIXÃO SEGUNDO SÃO JOÃO, BWV 245 de Johann Sebastian BACH, foi (é) interpretada pelo CORO e ORQUESTRA GULBENKIAN, dirigidos pelo maestro Michel Corboz.

BACH compôs esta importante obra musical no final de 1723 e no início de 1724, e destinava-se à apresentação do Ofício de Vésperas de Sexta-Feira Santa.

Esta obra segue integralmente o Evangelho segundo São João na Traição e Captura de Jesus; na Interrogação e Flagelação; na Condenação e Crucificação; na Morte, e também o Evangelho segundo São João e São Mateus na Negação de Pedro e no Sepulcro.

A obra desenvolve-se através do Coro, do Recitativo, do Coral e da Ária.

Como instrumentistas destacam-se Marcelo Giannini, no órgão; Philippe Pierlot, na viola da gamba; Ricardo Ramos, no fagote e Sophie Perrier, na flauta.

Destaque, ainda, para os cantores Charlotte Müller Perrier (soprano); Úrsula Eittinger (meio-soprano); Topi Lehtipuu (tenor); François Rougier (tenor); Rudolf Rosen (barítono) e Jean-Luc Waeber (barítono).

BACH, nascido em Eisenach, em 21 de Março de 1685, faleceu em Leipzig, em 28 de Julho de 1750, e fez parte de uma família de sete gerações de compositores; quando compôs a PAIXÃO era Kantor da escola de São Tomé de Leipzig e director musical dessa mesma cidade.

Dispensamo-nos de enfatizar a valia musical do Coro e da Orquestra Gulbenkian.

Esta PAIXÃO é imperdível.

Hoje ao começo da noite, vá ao Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian.

(imagem de: cenaculodemaria.com.br)

21 março 2016

HOJE É DIA DE POESIA!



Hoje comemora-se o DIA MUNDIAL DA POESIA!

Ontem de madrugada iniciou a PRIMAVERA!

Saudamos estes importantes acontecimentos, recordando o poema de Almeida Garrett "A PRIMAVERA", que aqui transcrevemos:

A PRIMAVERA

come, gentle Spring, ethereal mildness, come!
THOMPSON.

Que estância tão feliz, de Flora alvergue,
Mimo da natureza!
Que saudável bafejo d'aura estiva
Me renova a existência!
Doce a mansão das Dríades florentes
O olfacto lisongeia;
Ledo cos filhos o cantor plumoso
Gorjeando esvoaça
De raminho em raminho, e vai na relva
Colher o tenro gomo
Da ervinha que desponta, e vem trazê-la
Ao fabricado ninho,
Onde a mole penuge apenas cobre
Os caros pequeninos.
Tudo é vida, que pula, que germina
Na alegre natureza.
Quase se antolha, ao reviver dos troncos,
Ao nascer de mil plantas,
Ouvir a voz que ao caos tumultuário
A face deu primeira,
Toar de novo, recriar os entes
Das sémines do nada.
Ah! vós, que respirais ar empestado
Entre o múrice e o oiro,
Que ignorais os prazeres da existência,
Vinde, vinde comigo
No seio da risonha natureza
Conhecê-los, gozá-los.
Ela, que é simples como a flor dos campos,
Não criou para o homem
Doirada habitação, mentida estância
De prazer depravado.
Aquele a quem razão limpou dos olhos
Do preconceito as névoas,
Preza seus dons, desliza a turba inchada
De estúpidos pavões:
Enquanto eles o vácuo insaciável
Do ingénito apetite
Errados buscam saciar à toa.
Ri de sua lida o sábio:
Furtando-se ao clarão de Febo irado,
Entre louçãos verdores,
No mistério da vida, nos prodígios
Da criação se embebe.
Olha o matiz da flor, olha esse luxo
De púrpuras e d'oiro!
Nem Salomão em toda a sua pompa
Trajou galas tão ricas.

Este campo, esta vista apura n'alma
Os sentimentos nobres,
Virtuosos, singelos; restitui
O homem à essência d'homem.
Assim, latino Orfeu, cantor das Graças,
Nas módicas Sabinas,
Coa filósofa musa ao lado, ao peito,
Passavas áureos dias.

Ilha Terceira - Abril 12, 1815

(imagem: foto do subscritor)

18 março 2016

O "RETORNO" DO SaD A PENACOVA!





Há semanas que se comentava “nos bastidores das caminhadas" a participação do Sempre a Descer (SaD) no evento “da lampreia em PENACOVA”.

Falava-se do fim de semana 12/13 de Março para a renovação anual do “apetecível” acontecimento.

Dizia-se que os interessados caminhantes fariam bem em iniciar os contactos para a estadia; os mais experimentados nesta “lide” admitiam que os alojamentos disponíveis em PENACOVA e arredores poderiam não ser bastantes para a “multidão” de entusiastas da adesão à actividade de confraternização, que se previa movimentada, lúdica, cultural e gastronómica.

Finalmente, no dia 25 de Fevereiro o SaD, através do A. Paulino, enviou a CONVOCATÓRIA acompanhada do PROGRAMA da “festa”.

Confirmava-se o fim de semana 12/13 de Março para a participação do SaD:

- Nas Cerimónias do XIII Capítulo da CONFRARIA DA LAMPREIA DE PENACOVA;

- Na 5.ª Caminhada da Rota da Lampreia;

- No Colóquio sobre a Reabilitação do Rio Mondego para os peixes migradouros;

- Na apresentação do Livro “CONEXÕES”, do Juiz da Confraria e caminhante, LUÍS AMANTE;

- Na subsequente audição do “Coral Divo Canto de Penacova”;

- Na confraternização das Confrarias (a de PENACOVA e as convidadas) no Mirante Emygdio da Silva, e posterior desfile até ao Terreiro de Penacova, abrilhantado pela FILARMÓNICA DA BOA VONTADE LORVANENSE;

- Na Cerimónia Capitular da Entronização de novos Confrades, no Centro Cultural de Penacova;

- No almoço-degustação do “badalado” arroz de lampreia e dos doces conventuais do mosteiro cistercense do Lorvão.

*
Faz hoje uma semana que alguns, desejosos de aproveitar o solarengo dia, chegaram à região, ao Mondego, à Barragem da Aguieira e a PENACOVA durante a tarde de 11 de Março.

Andaram por Oliveira do Mondego, pela Conchada, e deleitaram-se com a linda vista sobre o Mondego, ali a “seus pés”; foram até à Barragem da Aguieira e à respectiva albufeira; tiveram ainda tempo para fazer um rápido e curto reconhecimento a PENACOVA, a localidade do nosso destino, onde passaríamos um longo, muito longo, mas muito “gostoso” fim de semana, após o que, cerca das 20:00 horas, se dirigiram ao (passe a publicidade), cinquentenário Restaurante Côta, onde jantaram “de uma ementa” tradicional e regional portuguesa, enguias fitas, chanfana à moda de Penacova e churrascada à “Côta”, e “encerraram” com os deliciosos doces conventuais: pastéis de Lorvão e “Nevadas”.

Refira-se que nos sentámos numa das duas mesas reservadas para os “caminheiros” do SaD, provenientes de Lisboa e arredores e que previam chegar a Penacova ainda a tempo de saborear a “rica”, variada e saborosa ementa do “Côta”.

As duas mesas, porém, transformaram-se numa só para cerca de vinte comensais; é que aqueles que provinham do sul não haviam ainda chegado, nem iam chegar (!), iam chegando; à partida éramos quatro; pouco depois, lá chegaram mais três; lá para as 21:00 horas apareceram mais meia dúzia.
Os restantes estavam “atrasados”; alguns só sairiam de Lisboa por volta das 22:00 horas. Mas previdentes, telefonaram a dizer quais eram os seus pratos preferidos…
*
“Madrugámos” no sábado.
Era o dia da “Caminhada”, uma organização conjunta da Confraria, da Câmara Municipal e do SaD.
As inscrições começariam às 9:00 horas na recepção das piscinas municipais.
Recebemos as T-Shirts alusivas ao acontecimento.
Feita a fotografia de grupo para memoria futura, iniciámos o itinerário cerca das 10:00 horas.
Depois de uma subida urbana e admirado o lindo panorama da verde paisagem que se nos deparava, lá descemos por meio de arvoredo em direcção ao vale por onde “serpenteava” o Mondego.
“Palmilhámos” as margens do rio; primeiro para um lado; depois para o outro. Seguimos de Penacova para Rebordosa, e desta para a Carvoeira, onde almoçámos outra vez.
Almoçámos outra vez!?
Sim, uma vez que é “incontornável” assinalar o “lauto pequeno-almoço!?” com que fomos “presenteados”, por volta das 11:30 horas, quando chegámos ao Restaurante Churrascaria (passe, uma vez mais, a publicidade) O Cortiço.
Deparámos com mesa “farta”: era frango assado; eram salgadinhos; eram sandes; eram bolas e bolos; eram outras iguarias. Tudo à discrição, e “regado” igualmente “à vontade do freguês”.
No final, apurámos: cerca de onze quilómetros de marcha.
Acabado o almoço (o da Carvoeira) fomos levados até Penacova de autocarro.
Bem “comidos e bebidos” não aguentaríamos um recomeço da “Caminhada”.

*
Seguiu-se o Colóquio sobre o Percurso dos Açudes do Rio Mondego, e a Reabilitação dos Habitats de Peixes Diádromos na Bacia Hidrográfica do Mondego, que decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal, com a presença do Secretário de Estado das Pescas.
No exterior do anfiteatro, o Juiz da Confraria e caminhante do SaD, Luís Pais Amante, não tinha “mãos a medir”, nem descanso…
Esteve cerca de 2:30 horas a dedicar o seu livro “CONEXÕES” que, seguidamente, seria apresentado “COM POMPA E CIRCUNSTÂNCIA”, naquele mesmo auditório, repleto de interessados ouvintes.
Impossível traduzir o “clima” afectuoso, emotivo e elogioso que rodearam o autor e a apresentação do seu livro de poesia.
Impossível descrever aqui fielmente a revelação efectuada sobre todas as qualidades e virtudes do LUÍS PAIS AMANTE, designadamente como excelente pessoa, experimentado e ilustre profissional, poeta talentoso.
A Maria José Vera, o seu editor, a Confreira e Caminheira Isabel Duarte, os seus familiares não foram parcos na apresentação do autor.
Tudo bem merecido, se bem se atentar na poesia apresentada.
O autor não se esqueceu do SaD, e não se zangará se aqui o transcrevermos:

Sempre a Descer.come

Sobe
Desce
Corre
Come

E no intervalo conversa

Liberta-te
Ri
Remoça
Olha pró lado
Balança
Sai da defesa
E vê os outros iguais a ti
Sozinhos
Acompanhados
Solteiros
Viúvos
Casados
Divorciados
Mas amigos

Daqueles que nos apontam os perigos

Caminha a comer
Sobe a descer
Tropeça sem pressa
Mas sorri
Aconchega a liberdade
Afaga o corpo
Goza a amizade a sorver
[E a correr]

Sem fugir daqui


A apresentação de “Conexões” não se encerraria sem a muito aplaudida actuação musical do Coral Divo canto que Luís Amante não esqueceu no seu poema “Penacova” que, nessa parte, com a vénia devida, também transcrevemos:

[…]
E com espanto
Ouve o som melodioso, quase divino, do Divo canto
Que, a cantar, dá corpo à união
E enaltece a emoção

[…]

O Sábado ia longo, mas não terminaria sem um jantar volante que “a todos reuniu”.
*
Domingo, 13
Nova “madrugada”.
O SaD tinha de estar “a tempo e horas” no Mirante Emygdio da Silva, excelente miradouro das belezas paisagísticas de Penacova, local onde a Confraria da Lampreia de Penacova iria receber as Confrarias convidadas para estarem presentes no XIII Capítulo daquela Confraria.
Nova surpresa!
Um novo pequeno-almoço?
Um antecipado almoço?
Outra vez: mesas “fartas”: peixinhos do rio; salgadinhos; queijinhos; doçaria…
Tudo bem regado, nomeadamente com espumante…

Confraternização cordial entre as Confrarias; iam chegando, umas atrás de outras; com os seus estandartes: entre outras, as das Couves de Castelo Viegas; da Associação das Confrarias da Rota de Cister; Das Almas Santas da Areosa e do Leitão; da Raça Arouquesa; da Região de Lafões; dos Rojões da Bairrada; dos Sabores da Fava.

Mais fotografias para a posteridade…
Depois, desfile atrás da Filarmónica Boa Vontade Lorvanense a caminho do Terreiro de Penacova.
A população, nas varandas engalanadas com colchas, aplaudia e lançava confettis coloridos.
Muita animação; muito colorido; muita alegria!
No centro da Vila, onde decorria o Mercado dos Sabores, mais fotos.


As Confrarias encaminharam-se, então, para a Cerimónia Capitular no Centro Cultural de Penacova.

Aqui foram entronizados dois novos confrades.

Entretanto, a maioria dos do SaD (anote-se que éramos vinte e nove (29), deu (deram) um “salto” ao Lorvão, esperançados numa visita ao Mosteiro.
Não foi possível…
Encontrava-se em curso a celebração de uma missa…
“Desforraram-se” na pastelaria fronteira ao Mosteiro…
Cafezinhos e doces conventuais…
Foi uma “razia”…
*
Aproximavam-se as 15:00 horas.
Chegava o momento “decisivo” do fim-de-semana em PENACOVA: o almoço do arroz de LAMPREIA.
Encheu-se o enorme salão do MOCIDADE FUTEBOL CLUBE.
Muito entusiasmo!
O arroz de LAMPREIA, e os pratos alternativos, foram servidos pelo (passe outra vez a publicidade) Restaurante Nacional.
Não faltou arroz de LAMPREIA; quem quis, comeu e repetiu.
ESTAVA UM AUTÊNTICO “MANJAR DOS DEUSES”.

Por fim, a sobremesa: muita fruta e uma infindável variedade de doçaria conventual da região.
Só não saboreou, quem não quis!
*
Finalmente, a CONFRARIA DA LAMPREIA DE PENACOVA presenteou as restantes CONFRARIAS presentes com DOÇARIA CONVENTUAL.
O SaD também foi chamado para aceitar idêntico presente.
Ausente o A. PAULINO com muita pena de todos os presentes, foi chamado um dos organizadores das Caminhadas do SaD, o J. A. que, sem falsa modéstia, não conseguiu escusar-se a tão “penoso” (mas doce) encargo.
*
Temos de terminar!
É que esta presumida crónica vai longa e atrasada (apesar da tempestiva colaboração do J. A.).
Antes, porém, renovamos os agradecimentos ao SaD, ao A. PAULINO, aos restantes fundadores; aos outros organizadores, por este LONGO, MUITO INTERESSANTE E SABOROSO fim-de-semana.



(As fotos foram tomadas pelo signatário)

26 fevereiro 2016

DEBUSSY, RAVEL e TINOCO NA GULBENKIAN




(Ontem e) HOJE, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian, CLAUDE DEBUSSY, MAURICE RAVEL e LUIS TINOCO (foram) são interpretados pela ORQUESTRA GULBENKIAN, sob a direção da Maestrina finlandesa SUSANNA MALKKI, e com o pianista francês DAVID KADOUCH.

De CLAUDE DEBUSSY (ouviu-se) ouvir-se-á Prélude à l’aprés-midi d´un faune, e La mer; de MAURICE RAVEL (assistiu-se) assistir-se-á ao CONCERTO para PIANO para a Mão Esquerda, em Ré Maior.
Ravel compôs este concerto a pedido de um pianista que, na primeira grande guerra, foi vítima da amputação do braço direito.

Impressiona o talento do pianista DAVID KADOUCH que, tocando o piano exclusivamente com a mão esquerda, obtém um resultado idêntico a um desempenho com ambas as mãos.

O compositor português LUÍS TINOCO (viu) verá a estreia mundial da sua peça sinfónica O Sotaque Azul das Águas, iniciativa conjunta da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo e da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da denominada parceria SP-LX – Música Contemporânea do Brasil e de Portugal, destinada à apresentação alternada e anual de novas criações de um compositor português ou brasileiro.

CLAUDE DEBUSSY e MAURICE RAVEL não necessitam de qualquer apresentação pela sua importância na composição musical.

LUIS TINOCO graduou-se em composição na Escola Superior de Música de Lisboa, e prosseguiu a sua formação académica na Royal Academy of Music, de Londres e na Universidade de York.
Exerce funções docentes na Escola onde se graduou, e colabora com a Antena 2 da RTP.
O SOTAQUE AZUL DAS ÁGUAS é uma co-encomenda da FCB (Fundação Calouste Gulbenkian) e da OSESP (Orquestra Sinfónica Estadual de São Paulo), agora estreada em Portugal e apresentação em São Paulo, em Maio deste ano.

Não pode deixar de se assinalar a harmonia musical entre as obras escolhidas pela Direção do Serviço de Música da Gulbenkian, particularmente O Sotaque Azul das Águas e La mer, nem a muito elaborada e complexa orquestração que, seguramente, exigiu um significativo envolvimento e empenhamento da Maestrina SUSANNA MALKKI.

(imagem de: www.musicweb-international.com)

17 fevereiro 2016

FEVEREIRO




A CHUVA

Nesta hora sozinha e pardacenta,
a chuva entra na aldeia...

No ar, cheio de musgo, a luz cinzenta
bruxoleia.

Através da vidraça,
vejo-a que chega: é uma mendiga escura,
trôpega e acurvada. E vem cansada.
Há, nos seus olhos vagos, amargura.
Oiço as suas passadas resignadas,
arrastadas por baixo da janela.
E digo para mim:- É a chuva. - E ela,
a triste velha curva e turva, passa...

No ar, cheio de musgo, a luz cinzenta
bruxoleia.

E a chuva atravessa a aldeia.

Através da vidraça,
onde colei a minha face, agora,
contra o vidro tão baço como o céu,
vejo-a que vai: e vai p'la rua fora...

Não se ouve uma voz. E ninguém passa.

Tudo se sente só: a chuva, e eu
.

(in Canções do Vento e do Sol, de Afonso Lopes Vieira - Colecção Clássicos da Língua Portuguesa - ULMEIRO - Livraria e Distribuidora, L.da)

13 fevereiro 2016

MÃE ... HOJE, MAIS UM DIA DA MÃE...




Mãe - que adormente este viver dorido.

E me vele esta noite de tal frio,

E com as mãos piedosas até o fio

Do meu pobre existir, meio partido...


Que me leve consigo, adormecido,

Ao passar pelo sítio mais sombrio...

Me banhe e lave a alma lá no rio

Da clara luz do seu olhar querido...


Eu dava o meu orgulho de homem - dava

Minha estéril ciência, sem receio,

E em débil criancinha me tornava,

Descuidada, feliz, dócil também,

Se eu pudesse dormir sobre o teu seio,

Se tu fosses, querida, a minha mâe!

(in Sonetos, de Antero de Quental, 4ª edição, pág. nº 70 - Coleção de Obras de Antero de Quental, Editada pela ULMEIRO)


(imagem de "ateliernutricao.blospot.com")

09 fevereiro 2016

A NOSSA CAMINHADA POR “TERRAS SALOIAS”!









Foi no passado sábado, 23 de janeiro de 2016 que decorreu a primeira “caminhada” deste ano.

O “SempreaDescer.come” convocou… para um regresso a MAFRA, “para um passeio original até CHELEIROS, especialmente desenhado para o grupo”.

Entre 25 a 30 “magníficos caminhantes” responderam:

- PRESENTE!

Os interessados foram logo “advertidos” que [havia algumas dificuldades:

- Tratava-se de um passeio em linha, pelo que havia hora marcada para a volta;

- Era um passeio muito sinuoso com várias subidas e descidas e nem sempre em terreno amigável].

A partida [seria impreterivelmente às 9:30, com quem estivesse].

Os organizadores, receosos que alguns (algumas) dos(as) caminhantes chegassem a CHELEIROS com os “bofes na boca”, em situação de incapacidade física para regressarem a MAFRA e ao apetecido almoço, providenciaram no sentido de três “bólides” se deslocarem previamente ao destino da caminhada e por lá, dois deles, ficarem estacionados.

Em caso de imperiosa necessidade, constituiriam essas viaturas o transporte dos “aflitos”.

Sim, por que chegar e sair de CHELEIROS – povoação situada num pronunciado vale, [ali perto de MAFRA, umas duas léguas…com apertadas curvas, aqueles declives espantosos, aquelas empinadas encostas que caíam quase a pique sobre a estrada] (in Memorial do Convento, José Saramago), não iria ser “pêra doce” para os caminhantes, como não havia sido para as [duzentas juntas de bois necessárias para levar de Pêro Pinheiro uma pedra muito grande que lá estava, destinada à varanda que ficaria sobre o pórtico da igreja, então em construção no, também em construção Convento de Mafra] (obra e escritor citados).

Ultimados os preparativos, partiram os caminhantes de MAFRA em direção ao sul.

Inicialmente o “tempo” fez umas “caretas”, mas logo “abriu” o sol.

“Trilharam” os caminhantes veredas sinuosas e “encharcadas”, por entre paisagens bonitas, avistando-se ali bem pertinho lírios, orquídeas, jacintos e pequenos malmequeres, que muitos fotografaram para a posteridade.

De repente, à nossa frente, uma passagem em túnel enlameado sob a auto-estrada.

Foram precisos prodígios de equilíbrio para não nos “estatelarmos”.

Imediatamente antes o J. G. já tinha alertado para a especial dificuldade daquele troço.

Apesar do “equilibrismo” e dos avisos alguma(s) caminhante(s) não lograram evitar uns “bate-cus”.

De pés enlameados lá chegámos à estrada; ainda faltavam cerca de quatro quilómetros.

Paisagens saloias, bem lindas.

À nossa esquerda, as paisagens em “mosaico”, caraterizadas por quarteirões de terrenos agrícolas, alternando com zonas florestadas; terreno mais acidentado; alguns moinhos eólicos.

À nossa direita, paisagens silvestres bem verdes, “salpicadas” de lindas e amarelas azedas; ao longe, muito ao longe: o Atlântico.

Passámos ao lado de um SANTUÁRIO onde era proibida a caça! Caçar sempre seria um “pecado mortal”!

Finalmente, CHELEIROS e a sua Ribeira.

À nossa esquerda (ou direita) a ponte medieval.

À nossa direita (ou esquerda) um estranho talude(?) inserido na Ribeira, constituído por grandes manilhas!...

Tínhamos chegado.

Antes do regresso a MAFRA, um cafezinho; uma garrafinha de água; uma cervejinha; outras necessidades.

Um ligeiro descanso.

Afinal os carros não foram necessários.

Os caminhantes estavam todos de boa saúde; o que queriam era chegar ao restaurante “Três Irmãos” para se banquetearem com as pataniscas.

20 fabulosos almoçantes”.

O signatário, que nesta sumária “crónica” contou com a colaboração do J. A. não almoçou, mas sabe que os caminhantes revelaram bem o seu bom apetite.

PARABÉNS, PARABÉNS ao PAULINO e aos ORGANIZADORES por mais esta caminhada que nos proporcionaram.



(fotos do signatário)

04 fevereiro 2016

DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA O CANCRO




Hoje, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro.

Não podemos deixar de assinalar esta efeméride que alerta para esta terrível doença e para a imperativa necessidade de a combater.

Esta Luta tem de ser efetivada todos os dias, horas, minutos e segundos.

É que esta doença traiçoeira pode a todos atingir e causar, como causa, muita desgraça, indescritível sofrimento, profundos traumas, desmedido sofrimento…

O cancro atinge e vitima incontáveis pessoas em Portugal e no mundo.

Quem não conhece familiares, amigos ou conhecidos oncologicamente doentes?

É uma doença recorrente, com sucessivas e inesperadas recidivas, mesmo quando parece completa e definitivamente erradicada.

Neste combate ao CANCRO não há vencedores; há, sim, lutadores.

Não é percetível o relativo malogro na cura dos cancros.

A principal razão residirá na insuficiência dos recursos colocados à disposição da investigação desta horrenda enfermidade e, em geral, na ignorância e alheamento dos poderes instituídos.

Justifica-se, assim, que todos os dias se fale do CANCRO e das suas vítimas, na nossa vizinhança.

Apoiamos aquelas vítimas que, sem pudor, DIVULGAM a sua LUTA a tamanha enfermidade e o seu atroz SOFRIMENTO.

Pugnamos no sentido da disponibilização constante e crescente de MAIS e MELHORES MEIOS DE INVESTIGAÇÃO.


(imagem de: «biologiamais.com.br»

22 janeiro 2016

OS PAIS! TAMBÉM OS PAIS!...




Sara, Tristana e eu

Desde o dia em que nasceram
amo incondicionalmente a
Sara e a Tristana que hoje
fazem anos.
Simplifica-se muito quando se
diz que se amam os filhos mal se
olha para eles. Assim o mérito
parece todo dos pais; são eles
que amam mesmo mesmo quando os
bebés, oportunistas, apenas têm
uma vaga ideia que precisam dos pais.
A verdade é muito mais bonita. A verdade
é que os pais amam os filhos porque se
apaixonam por eles porque os filhos fazem-
se amar, tornando-se irresistíveis.
Os filhos desapaixonam-se dos pais. No
princípio os pais são as únicas pessoas
no mundo; depois são, brevemente, as
melhores. Segue-se uma lenta desilusão
que, com a adolescência, dói como um
barrete de um bebé enfiado à força na
cabeça de um vil guerrilheiro de 13 anos.
Depois, se nos portarmos bem e tivermos
sorte, lá se reconciliam a amar-nos, muito
teoricamente, com muitos protestos e
poucas demonstrações.
Já os pais, à medida que vão conhecendo
as pessoas que são os filhos, tanto se podem
apaixonar como desapaixonar-se. Depende
dos fihos. A verdade da vida, quase nunca
dita, é esta: a culpa é dos filhos.
Eu sou muito mais pai da Sara e da
Tristana do que elas são minhas filhas. Não
é tanto o substantivo como o pronome. E
amo-as muito mais do que elas me amam -
mas só porque é impossível amá-las menos.
Pelas pessoas que são. Cada vez mais me
apaixonam mais. Embora elas também
sejam - é preciso dizê-lo - as melhores
filhas que algum pai de merda já teve.


in Miguel Esteves Cardoso - Ainda ontem - PÚBLICO,QUI 21JAN2016

(imagem de: fecatolica.com.br)


20 janeiro 2016

A MÃE; AINDA A MÃE; SEMPRE A MÃE!...




Amar é ceder

Está tanto frio. Olho para o
termómetro às nove da noite: 13
graus centígrados.Portugal é o
país europeu com menos razão
para se queixar.
Mas queixamo-nos. E temos
razão. Queixarmo-nos mostra
que estamos mal habituados.
Ser mimado - é cada vez mais
necessário lembrar - é uma
coisa boa para quem é mimado e má
(alegadamente) para quem mima.
A minha Mãe, que morreu no último dia
de Maio de 2015, está sempre comigo - e eu
sinto uma falta dela como se nunca tivesse
estado comigo - dizia que era impossível
amar ou mimar de mais uma criança. Os
ingleses usam o verbo «spoil», que significa
estragar com mimos. Ela não. Ela sabia
(ou achava, como eu dantes pensava) que
era impossível amar de mais e, sobretudo,
mostrar que se amava. A minha Mãe tinha
razão. Não é por Portugal ser um país com
um clima temperado e isento de tragédias
climatéricas que nós perdemos o direito de
nos queixarmos que está frio. O amor de
mãe e a aparente atitude pessoal do clima
para com cada um de nós são parecidos de
mais para os descontarmos.
Está frio. Bem sei que 13 graus centígrados,
à noite, são considerados uma sorte divina.
Para nós, mal habituados, também é um
frio dos diabos. Ser mimado também é a
mais bela das maldições. O amor é uma
temperatura boa. A vontade de ser amado
aparece sempre, milagrosamente, depois
da sorte imensa de se ser amado. No mundo
em que todos vivemos, a melhor maneira de
viver é amar cada momento que temos para
escolher como vamos reagir.


Miguel Esteves Cardoso - "Ainda ontem"
in PÚBLICO, TER 19 JAN 2016, pág. 45

(imagem de: indiretasmaternas.com.br)

18 janeiro 2016

18 DE JANEIRO É TAMBÉM DIA DE "A MÃE"!



A Mãe

Há fogo numa casa, à beira do caminho.
O bom povo d'aldeia em ondas se aglomera;
Com medo vão fugindo as aves para o ninho;
Aumenta mais e mais a subida cratera.

Ouve-se uma voz rouca, em tom desesperado:
- «Oh! Salva-te, mulher! É livre ainda a porta.
Não sejas avarenta: o cofre pouco importa;
Todo o valor, que tinha, eu tenho aqui guardado».

Branca como um fantasma, aflita, desgrenhada,
Lá surge uma mulher daquela enorme chama,
Levantando nas mãos o seu filhinho loiro,

Que mostra à multidão atónita, pasmada;
E, fitando o marido, altivamente exclama:
- «Sou avarenta, sou! Contempla o meu tesoiro!»



COSTA ALEGRE (Poeta negro de São Tomé), em Mundo Português

(imagem de www.zazzle.com.br)

16 janeiro 2016

QUE MUNDO ESTE !!!... QUE MUNDO CÃO!!!...



São os próprios responsáveis das NAÇÕES UNIDAS (ONU) a admitirem que soldados e polícias ao seu serviço com a incumbência de protegerem os "deslocados" e refugiados [que fogem do cenário de horror que é a República Centro-Africana para o campo de M'Poko, na capital, Bangui] [...] [abusam sexualmente de mulheres e crianças][...] [ou colaboram na realização dessas práticas].


[Anthony Banbury, o secretário-geral adjunto da ONU responsável pela assistência no terreno], afirmou que [esses abusos põem em causa tudo aquilo que as Nações Unidas representam].

Infelizmente, como também foi reconhecido pelos responsáveis da ONU, aquela odiosa prática é recorrente.

O MUNDO PARECE ESTAR PERDIDO, comentamos nós!




(imagem de:tvregioes.com)