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25 abril 2017

25 DE ABRIL!

Em 25 de abril de 1974 o povo português recuperou a DEMOCRACIA e a LIBERDADE.

É imperioso reconhecer que passou a confrontar-se com uma crescente CORRUPÇÃO e com a multiplicação daqueles que ENRIQUECEM SEM CAUSA.

Sem se questionar a DEMOCRACIA e a LIBERDADE, é forçoso erradicar a CORRUPÇÃO e o ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.


(imagem: reprodução de fls.  137 do livro "DE AUTOCOLANTES AO PEITO", de Eduardo Jorge Madureira Lopes) 

02 abril 2017

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL


Comemora-se hoje o DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL.

Trata-se de uma iniciativa do Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens (IBBY), representada em Portugal pela Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil (APPLIJ).

Este dia foi criado em 2 de abril de 1967, data em que se assinalava mais um aniversário de HANS CHRISTIAN ANDERSEN, notável escritor de histórias para crianças.

Através do site da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), o nosso blogue tomou conhecimento que, para realçar esta data, o ilustrador JOÃO FAZENDA, vencedor do Prémio Nacional de Ilustração de 2016, foi convidado pela DGLAB para criar a imagem do cartaz alusivo ao evento.

Por sua vez, o IBBY escolheu a Rússia para elaborar a mensagem respetiva, que consiste num texto do escritor SERGEY MAKHOTIN, e num cartaz do ilustrador MIKHAIL FEDEROV.

O nosso blogue, no convencimento da importância da divulgação destes documentos, procede à sua reprodução.

Nunca é demais enfatizar a importância do livro infantil para a formação educativa de crianças e, também, dos adultos.

A leitura de um livro infantil constitui um extraordinário deleite para todos.




VAMOS CRESCER COM O LIVRO!
Na minha primeira infância, gostava de construir casas com pequenas peças e
toda a espécie de brinquedos. Usava muitas vezes um livro ilustrado a fazer de
telhado. Nos meus sonhos, entrava na casa, deitava-me na cama feita com uma
caixa de fósforos e olhava para cima, para as nuvens ou para as estrelas do céu.
A escolha dependia da ilustração que preferia na altura.
Por intuição, segui as regras de vida das crianças que procuram criar um
ambiente seguro e confortável à sua volta. E o livro infantil ajudou-me muito a
atingir este objetivo.
Depois cresci, aprendi a ler, e o livro, na minha imaginação, começou a
assemelhar-se mais a uma borboleta, ou mesmo a um pássaro, do que ao
telhado de uma casa. As páginas do livro pareciam asas que batiam. Era como
se o livro, deitado no peitoril, quisesse sair pela janela aberta em direção ao
desconhecido. Segurava-o com as mãos e começava a lê-lo, e o livro ia ficando
cada vez mais calmo. Então eu próprio voava para outras terras e novos mundos,
alargando o espaço da minha imaginação.
Que alegria ter na mão um novo livro! De início, nunca sabemos sobre o que é
que ele fala. Resistimos à tentação de saltar para a última página. E como o
livro cheira bem! É impossível distribuirmos o seu cheiro pelos vários elementos
que o compõem: tinta, cola… não, é impossível. Existe um cheiro particular no
livro, um cheiro único e excitante. As folhas encontram-se coladas, como se o
livro não tivesse ainda acordado. E ele só acorda quando começamos a lê-lo.
Continuamos a crescer, e o mundo à nossa volta torna-se mais complicado.
Enfrentamos questões a que nem os adultos sabem responder. No entanto, é
importante partilhar dúvidas e segredos com alguém. E aí o livro volta a ajudarnos.
Muitos de nós terão um dia pensado: este livro fala sobre mim! E a
personagem favorita parece ser igual a nós. Tem problemas semelhantes, e
resolve-os com dignidade. E há outra personagem que não é igual a ti, mas tu
gostarias de seguir o seu exemplo, de ser tão corajoso e desembaraçado quanto
ela.
Quando há rapazes e raparigas que dizem “Não gosto de ler!”, isso faz-me rir.
Não acredito neles. Comem gelados, jogam jogos e veem filmes interessantes.
Dito de outro modo, gostam de se divertir! É que a leitura não serve apenas
para desenvolver sentimentos e personalidades, ela é, acima de tudo, um
prazer.
É sobretudo com essa missão que os autores de livros para a infância escrevem
os seus livros.
Sergey Makhotin
(tradução de Mª Carlos Loureiro a partir da versão inglesa de Yana Shvedova)